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O adestramento começa no século passado, com treinamentos puramente punitivos, militarizados, principalmente para os cães trabalharem no exército, forças armadas, polícias, pastoreio e guarda.
Nos anos 1970, a partir da divulgação das pesquisas feitas com lobos em cativeiro, do Dr. David Mach, foi amplamente difundida a idéia de que os cães precisavam ser dominados por nós, humanos, já que os estudos afirmam que lobos, espécie que divide material genético com a espécie canina, se relacionam mediante violência, e que um lobo dominava o grupo e se transformava no líder, o lobo alfa.
Entendeu-se que o humano deveria ser o alfa do seu cão, e também acreditava-se que os cães precisavam de líderes: então a obediência e todos os comportamentos eram ensinados a partir da inserção de desconforto. Como consequência, com o alívio desse desconforto o cão aprendia que: se ele agisse daquela forma, o desconforto a qual ele foi submetido desaparecia, e assim se conseguia ensinar alguns comportamentos a esses animais.
Quando os cães começaram a não mais ter funções de trabalho na vida das pessoas e passaram a serem pets, ou seja, cães de companhia, a educação se fez necessária, mas com outro objetivo: educar para tornar cães de companhia educados para conviverem com os desafios de uma vida rodeado de humanos. Essa educação começou a ser feita ainda, pelas mesmas escolas que treinavam cães para trabalharem.
Pouco a pouco, o método por eles utilizado, foi perdendo o sentido - uma vez que se baseia em punições e inserir desconforto para extrair comportamento e ensinar funções de trabalho ao animal, o que naturalmente, não era necessário ser aplicado em cães que precisam apenas aprender a conviver numa sociedade humana, dentro de um ambiente familiar, onde a sua principal função era no máximo fazer companhia.
A partir dos anos 1980, principalmente fora do Brasil, começou um movimento de percepção de que não fazia mais sentido, uma escola militar, ou um adestrador que baseasse o seu trabalho em metodologias punitivas para educar um cão que é pet. Nomes como Karen Pryor e Ian Dunbar, utilizando-se de base analítica comportamental, começaram a divulgar a idéia de educação menos punitiva e até mesmo totalmente positiva, sem castigos.
Nos anos 1990, o mesmo pesquisador, Dr. David Mach, que difundiu a teoria da dominância em lobos que foram estudados por ele em cativeiros, veio a público, se retratar. Refez todas as suas pesquisas, e agora, com lobos soltos na natureza, afirmou que suas percepções e resultados mudaram em 100%, chegando à conclusão de que cães não devem em momento algum serem confundidos com os lobos, pois os lobos não tentam dominar-se entre si e não há um líder: e sim uma cooperação familiar onde o pai, a mãe e os filhotes, têm a sua função no grupo, e esses animais mesmo com o compartilhamento de genes com os cães, são espécies distintas e não precisam de líderes ou serem dominados por quem quer que seja.
Ainda nos anos 90, onde o lugar do cachorro era no quintal e nas varandas, começa o processo de verticalização massiva das cidades. Com as pessoas migrando para apartamentos, seu cachorro vai para dentro de casa definitivamente, passando a ser tratado como mais um membro da família e assim, o adestramento vai sendo suavizado. Nasce o adestramento misto e/ou híbrido, que também foi muito importante para época, onde os profissionais trabalhavam com algumas punições e inserção de desconforto, mas se pensava muito mais no bem estar daquele cão.
Na virada do século, com a chegada dos anos 2000 e com a caída da teoria da dominância, a idéia analítico comportamental venceu. O cão, que está dentro de casa convivendo com a família no mesmo espaço, começa a desenvolver novos problemas de comportamento. Apesar dele ser considerado mais um filho, ele ainda era um cão vivendo num ambiente totalmente humano.
Os problemas de comportamento desenvolvidos, eram totalmente novos em relação aos vistos em épocas anteriores. Ansiedade, latidos excessivos, auto mutilação, educação sanitária, destruição de objetos em casa, ansiedade de separação, dentre outros. Estes são problemas que adestradores puramente punitivos e os adestradores mistos, não sabiam e ainda não sabem resolver. A força, o grito, a “liderança”, aqui não funciona. Isso tudo não adianta: apenas gera queda na qualidade de vida e destruição dos laços de afeto e confiança entre o tutor e seu cão.
Dentro desse contexto, entra a psicologia canina: o adestramento comportamentalista. Nascido e baseado na análise do comportamento e no behaviorismo, o adestramento positivo é o único método eficiente e ético para tratar problemas de comportamento de qualquer indivíduo, incluindo nós, humanos.
Quando se fala em adestramento positivo, se fala em modificação comportamental utilizando-se como base o reforço. Todo comportamento que é reforçado positivamente, é aprendido com consistência.
O adestramento positivo não apenas é um método de ensino que utiliza o reforço positivo para construir repertório comportamental, mas sim uma maneira de promover bem estar para o cão. Aprendizado sem dor, sem inserção de desconforto, sem broncas. Para educar um cão não é necessário eliminar ou reprimir comportamentos, mas sim aumentar seu repertório comportamental para que ele saiba como agir e como se comportar no nosso mundo humano, onde há várias regras, totalmente antinaturais a essa espécie.
As punições são uma forma de colocar o cão em estado de sobrevivência, onde ele, por mais afinidade que tenha com aquela figura humana, vai tender a se defender das ameaças e desconfortos que estão lhe sendo obrigados a sentir. O desconforto não só faz mal para a saúde fisiológica do animal, mas também é prejudicial para sua saúde psicológica:, sendo assim, aversivos devem ser retirados dessa equação.
Muitos dos problemas comportamentais dos cães hoje, foram fomentados sem conhecimento do tutor e infelizmente, com a ajuda dessas más práticas punitivas. O conhecimento sobre os conceitos positivistas ainda carece de ser difundido de forma exaustiva e eficiente.
Na nossa sociedade humana, não se admite e nem se justifica comportamentos violentos com indivíduos pacíficos, então por que se admite metodologia violenta de ensino para animais?
Essa metodologia (punitiva), ainda muito aplicada, infelizmente, é imoral e antiética. Educar é aumentar repertório comportamental, ensinar coisas novas. O positivo soma, e o negativo subtrai. O adestramento positivo tem esse nome pois soma e adiciona uma recompensa a partir da captação de um comportamento. Para este ser consistentemente aprendido pelo indivíduo, será bastante reforçado para que o cão aprenda e expanda seu repertorio de comportamentos.
Quando se condena a punição, fala-se dela na sua versão positiva: que soma, que adiciona um desconforto, uma dor. No adestramento positivo, não há espaço para punição positiva, já que no campo do adestramento positivo, não há inserção de desconforto algum. É aqui que são resolvidos os problemas, que você tutor, está vivendo com seu cão.
Seu cão late para tudo e para todos? Adestramento positivo. Seu cão apresenta comportamentos agressivos diante de determinados gatilhos? Adestramento positivo. Seu cão ainda não entendeu onde você precisa que ele faça xixi e cocô em casa? Adestramento positivo. Seu cão não sabe se relacionar como outros cães? Adestramento positivo. Seu cão não sabe ficar sozinho? Adestramento positivo.
Educar sim. Punir, não. Me Adestra. Educação canina. Adestramento Comportamentalista. Educação Positiva. Treinamentos positivos baseados em ciência, sem punições. A promoção de saúde, bem estar físico e mental, e ganho de repertório comportamental positivo para o seu cão.
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